sexta-feira, 29 de abril de 2011

Minha infância

 I I I
I Infante  I
I I I I

lllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllll
Lembro-me das doces tardes de primavera onde minhas ansiedades eram as esperadas horas de diversão.
Na minha humilde casa havia um quintal o qual era o meu mundo fantástico.
Lá eu brincava de ser princesa e imaginava um reino de bruxas e fadas, sapos que viravam príncipes e castelos encantados.
Eu, menina, mais parecia um menino quando subia pelas árvores à procura de frutos.
Eu era guria travessa, brincava e saltava de galho em galho, sempre inquieta feita menina moleca.
No meu pequeno mundo tinha cajueiros, goiabeiras, coqueiros e mangueiras. Tinha também uma casinha de madeira que saía do chão à goiabeira, tinha um balançador feito pelo papai que ficava nos galhos do cajueiro, era tudo que eu tinha para brincar, mas, a minha imaginação era grande e junto a pitadas de quimera, transformava esses poucos metros de terra com suas árvores frutíferas em um lugar mágico onde eu mesma escrevia minhas estórias.
Recordo-me das muitas brincadeiras como: amarelinha, pega-pega, esconde-esconde, pular elástico, pular corda... E até mesmo brincadeira de menino: bola de gude, bandeirinha, soltar pipa, rodar peão, futebol de areia, carimba e muitas outras que eu inventava juntos à criançada.
Além disso, lembro-me das famosas cantigas de roda... Ah! Éramos repletos de candura.
No inverno, deixava de lado meu mundinho e saia pelas ruas à procura de biqueiras e deliciava-me com as águas pluviais e em seguida, ia correndo pra casa esconder-me do frio, agasalhando-me embaixo dos cobertores.
Quando chegava o verão eu e minha família íamos junto à praia, lá eu fazia castelos de areia e depois deixava que as ondas os levassem. Além disso, pedia pra mamãe enterrar-me na areia e eu achava aquilo o máximo.
Lembro-me das vezes que minhas traquinagens deixavam meu pai zangado a ponto de eu ganhar umas boas palmadas. Nunca entendi quando ele dizia: “Você é muito grandinha pra estar fazendo isso.”, enquanto outra hora dizia: “Você é muito pequenininha e não pode fazer isso.” Afinal, eu era grande ou pequena? Trago na memória as muitas vezes que minha vovozinha me cobria de mimos, principalmente quando eu tinha ganhado umas boas palmatórias na mão.
O aconchego do meu lar era o que existia de mais precioso e o afago dos meus pais era o meu maior tesouro.
Tempos bons os de minha puerícia...
... Regozijo-me de guardar sempre viva na lembrança, minha meninice que foi recheada de contos e encantos e do júbilo de ser criança.
  lllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllll

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Semana "Santa"




Local: Buraco da velha

Compareceram: Aline e Andrey; Dan e Jandira; Jeison e Paula; Chico e Kaline

Transporte: Pau-de-arara

Bebida: Vodka, celular de limão, ypioca e água

Comida: Bagulho e umas quentinhas feitas de improviso



Quinta-feira Santa

Bom... A ida foi àquela bagunça, as risadas da Jandy como sempre se destacaram o tempo todo, como dizem os meninos “parece à risada de uma bruxa!”.
Compramos uns bagulhos pra levar, mas, chegando a Meruoca a fome golpeou todos de uma só vez. Então, fomos à procura de um restaurante e tudo que encontramos foi um self-service. Parecíamos uns esfomeados... A quentinha era R$ 5,00 e você mesmo colocava sua comida, sendo assim, enchemos tanto que nem fechava.
Continuamos rumo ao nosso destino, sempre pedindo informações e claro fazendo uma algazarra, até brincamos com uns pivetes num parquinho que ficava numa praça da cidade. Caminhamos e caminhamos e a fome apertando cada vez mais, o percurso parecia ter duplicado. No entanto depois de... Acho que meia hora, nós chegamos ao local combinado.
A vista era linda, ao estrondo de uma cascata e da leve aura da serra... Um paraíso tal qual como eu imaginara. O decorrer da tarde foi perfeita, para início o Dan escorregou e caiu feito um coité, tive dó, mas, não deu pra conter as gargalhadas. Passado o vacilo do mesmo fomos logo matar quem estava nos matando e em seguida banho de cachoeira, vodka e mais banho. Eu estava parecendo uma guria, não parava quieta e o Andrey morrendo de medo de eu também me estabacar no chão. A tarde foi perfeita, mas tínhamos que voltar pra civilização.
Quando estávamos voltando fomos banhados por uma forte chuva, achamos uma barraquinha na estrada e deixamos nossas bolsas lá e fomos para o meio do asfalto brincar de ser criança, dar piruetas e claro, se deixar banhar pela mãe natureza.
Na volta, quando quase todos já estavam bêbados cantamos umas musicas tipo: Ventania: o diabo é careta; Raul Seixas: rock das aranhas, etc. Onde passávamos os olhares se voltavam para nós.
Pegamos o pau-de-arara de volta, mas em vez de irmos dentro como pessoas civilizadas, convencemos o motorista a nos deixar ir em cima (ele deixou). Nossa! A vista La de cima era perfeita. A serra estava banhada por neblina o que a deixava sombria e ao mesmo tempo fascinante.


Sexta-feira Santa

A sexta-feira passou tranqüila, sem carros pau-de-arara, sem trilhas, sem escorregões, sem banhos de cachoeiras, mas, para compensar fomos almoçar no sítio do Chico que fica também em Meruoca em seguida fomos dar um curto passeio no Buraco da velha. O crepúsculo entrou junto a uma torrente chuvosa tornando a Serra mais gélida o que a tornava ainda mais bela.



Sábado de Aleluia

No fim da tarde começamos mais uma jornada: Pegamos um pau-de-arara e fomos rumo a serra, especificamente ao Buraco da Velha.
Os sons da natureza deram lugar à música eletrônica e ao reggae.
As únicas luzes a alumiar o local eram as de neon, os jogos de luz, a de um acanhado casebre e das lanternas que acendiam e apagavam durante toda a noite.
A alta noite foi perfeita, deixamo-nos levar pelas batidas da música tecno e uma vez ou outra pela melodia da batida secundária forte e uso acentuado do contrabaixo elétrico: o reggae.
De quando em quando vi pessoas escorregando nas pedras lisas cobertas por lodos acumulados com o tempo, algumas davam com a bunda no chão enquanto outras ficavam sambando nas pedras escorregadias.
Dormimos um pouco nas pedras e logo depois observamos o sol despontar e sentindo a leve brisa fria a esfriar nossos corpos.
Logo em seguida percorremos uma curta trilha em direção as pequenas cachoeiras. Já acomodados nas rochas, unimos o som do violão, da percussão e dos sons vocais ao som da queda d’água e das folhas que balançavam no ritmo dos ventos.
Eu, como sempre não saia de dentro daquelas águas fria ao mesmo tempo em que ficava bestificada com aquele encanto ao meu redor.
O início do dia foi tão bom quanto à noite, mas, era hora de voltar pra realidade.
Almoçamos em Meruoca, depois pegamos outra vez um pau-de-arara e descemos a Serra lembrando-nos dos bons momentos inolvidáveis e das aventuras que vivemos naquele feriadão.

terça-feira, 19 de abril de 2011

Melodiando

Ao som da música vou sonhando e criando um mundo mágico, onde existam fadas, príncipes e princesas, castelos e reinos encantados.
Esses conjuntos de sons me fazem viajar numa ida sem volta.
Do rock and roll a MPB, do samba a bolero, do reggae a música erudita... Escalas e ritos diferentes que despertam em mim a alegria de estar viva.
Música: Arte e ciência de combinar os sons de modo agradável.
Em meio à natureza, numa roda de amigos, no ônibus, numa tarde chuvosa ou numa manhã ensolarada, com o amor da sua vida, caminhando a esmo, num barzinho, no trabalho, junto à família, na praia, até mesmo nos dias mais tristes... Uma canção sempre calha bem.
Músicas para proclamar revoltas, amores perdidos, amizade verdadeira, amor maternal, fantasias ou para simplesmente soltar o corpo e se deixar levar.





Um romance cantado numa noite de lua cheia deixa o ambiente numa harmonia que encanta e seduz.
Uma melodia acalma e emana paz. Acordes que deixam seu dia mais luminoso e alegre.
Solfas que marcaram inolvidável momento.
A música faz parte da minha vida do mesmo modo como o vento que refresca meus dias calorosos.
Consonância de sons que formam uma melodia sem igual...
E com isso vou dançando no ritmo que me cabe.
Meio a essas cordas musicais; a graves, médias e agudas... Existe a música da vida, aquela que só os loucos ouvem e sabem dançar.
E nessa sucessão de sons vou vivendo, numa sinfonia que me conduz e me leva para um mundo recriado por mim.


sábado, 16 de abril de 2011

Inópia

Mais um a exalar seu último suspiro.
O caos se alastra, ouço um estampido.
A penúria não cessa.
Pequenos ecoam gritos contínuos.

Onde estão eles que nada fazem?
Logo agora eles se escondem.
Do nosso sufrágio, não mais carecem.
São pérfidos, não cumprem o que devem.

Adentro nas ruas, vejo a indigência.
Aqui existe o mundo da mendicância.
Mais a frente filas crescem. Pessoas a míngua.
Eles precisam de ajuda e de assistência.

Mas, eles nada fazem.
Sentados em bancos de couro dos seus carros importados.
Onde eles se escondem?
Concluam seus deveres seus porcos fraudulentos.

Crenças tartuficas...
A quem eles pensam que ludibriam?
Onde tudo isso vai acabar?
Tantas perguntas e nenhuma resposta...

Eles preferem usar máscaras...
...Mas, sabem do perigo.
Não poderão se ocultar por muito tempo...
...Saiam logo desses mantos que os cobrem...

Pequenos a mercê, onde o entulho é sua mesa de jantar.
Sem instrução, sem educação... Sem nada!
Eles estão se desviando, acham que é a única porta.
Mas, não são culpados pelo amanhã que lhes cabem.

Isso ainda não é o suficiente?
O que mais eles esperam para algo fazer?
Apareçam corruptos imundos!
Mecham seus traseiros apodrecidos!
Hipócritas... #%$%@#@$%&@%@#


terça-feira, 12 de abril de 2011

Minha riqueza

Meus amigos...
... Minha riqueza disfarçada em braços aconchegantes, em palavras de conforto e sorrisos afáveis.
Companheiros inigualáveis nos meus momentos de lamúrias e de risos incontidos.
Mais que apenas amigos, irmãos.
Conselheiros nas horas tumultuosas e nas horas taciturnas.
Confidentes dos meus segredos mais esconsos.
Cúmplices também nas minhas falhas, mas, sempre me mostrando o caminho certo a seguir.
Nas suas quietudes vivo a me refugiar. É tal como o colo de uma mãe que protege seu filho envolto em seus braços numa afabilidade de amor infindo.
Amizade... Palavra tão pequena que unem pessoas numa força sem igual.
Amizade... Sentimento de afeição fiel.
Tudo e até mesmo o nada é um júbilo quando tenho amigos ao meu redor.
E é o coração quem escolhe um amigo...
... É ele quem sabe realmente quem está ali para o que der e vier.
Amigo verdadeiro é amigo até mesmo na distância.
Eu amo cada um dos meus amigos: aqueles que são estourados e os que são serenos; os que riem como uma criança e aqueles que são mais ajuizados; além desses, existem os loucos, é claro que não poderia faltar; tem os sonhadores e os que têm o pé no chão; tem o alto e o baixo; o gordo e o magro; loiros e morenos.
Tenho amigos de todos os jeitos, de todas as cores e de crenças distintas.
No entanto, valorizo cada um, porque fazem parte da riqueza que há anos venho adquirindo.
Dedico essas poucas palavras a eles, sem precisar citar nomes, porque os mesmos saberão que essas são especialmente voltadas para...
...Meus AMIGOS VERDADEIROS!

sábado, 2 de abril de 2011

Carta ao meu amor ... 3 meses!!!