quarta-feira, 27 de abril de 2011

Semana "Santa"




Local: Buraco da velha

Compareceram: Aline e Andrey; Dan e Jandira; Jeison e Paula; Chico e Kaline

Transporte: Pau-de-arara

Bebida: Vodka, celular de limão, ypioca e água

Comida: Bagulho e umas quentinhas feitas de improviso



Quinta-feira Santa

Bom... A ida foi àquela bagunça, as risadas da Jandy como sempre se destacaram o tempo todo, como dizem os meninos “parece à risada de uma bruxa!”.
Compramos uns bagulhos pra levar, mas, chegando a Meruoca a fome golpeou todos de uma só vez. Então, fomos à procura de um restaurante e tudo que encontramos foi um self-service. Parecíamos uns esfomeados... A quentinha era R$ 5,00 e você mesmo colocava sua comida, sendo assim, enchemos tanto que nem fechava.
Continuamos rumo ao nosso destino, sempre pedindo informações e claro fazendo uma algazarra, até brincamos com uns pivetes num parquinho que ficava numa praça da cidade. Caminhamos e caminhamos e a fome apertando cada vez mais, o percurso parecia ter duplicado. No entanto depois de... Acho que meia hora, nós chegamos ao local combinado.
A vista era linda, ao estrondo de uma cascata e da leve aura da serra... Um paraíso tal qual como eu imaginara. O decorrer da tarde foi perfeita, para início o Dan escorregou e caiu feito um coité, tive dó, mas, não deu pra conter as gargalhadas. Passado o vacilo do mesmo fomos logo matar quem estava nos matando e em seguida banho de cachoeira, vodka e mais banho. Eu estava parecendo uma guria, não parava quieta e o Andrey morrendo de medo de eu também me estabacar no chão. A tarde foi perfeita, mas tínhamos que voltar pra civilização.
Quando estávamos voltando fomos banhados por uma forte chuva, achamos uma barraquinha na estrada e deixamos nossas bolsas lá e fomos para o meio do asfalto brincar de ser criança, dar piruetas e claro, se deixar banhar pela mãe natureza.
Na volta, quando quase todos já estavam bêbados cantamos umas musicas tipo: Ventania: o diabo é careta; Raul Seixas: rock das aranhas, etc. Onde passávamos os olhares se voltavam para nós.
Pegamos o pau-de-arara de volta, mas em vez de irmos dentro como pessoas civilizadas, convencemos o motorista a nos deixar ir em cima (ele deixou). Nossa! A vista La de cima era perfeita. A serra estava banhada por neblina o que a deixava sombria e ao mesmo tempo fascinante.


Sexta-feira Santa

A sexta-feira passou tranqüila, sem carros pau-de-arara, sem trilhas, sem escorregões, sem banhos de cachoeiras, mas, para compensar fomos almoçar no sítio do Chico que fica também em Meruoca em seguida fomos dar um curto passeio no Buraco da velha. O crepúsculo entrou junto a uma torrente chuvosa tornando a Serra mais gélida o que a tornava ainda mais bela.



Sábado de Aleluia

No fim da tarde começamos mais uma jornada: Pegamos um pau-de-arara e fomos rumo a serra, especificamente ao Buraco da Velha.
Os sons da natureza deram lugar à música eletrônica e ao reggae.
As únicas luzes a alumiar o local eram as de neon, os jogos de luz, a de um acanhado casebre e das lanternas que acendiam e apagavam durante toda a noite.
A alta noite foi perfeita, deixamo-nos levar pelas batidas da música tecno e uma vez ou outra pela melodia da batida secundária forte e uso acentuado do contrabaixo elétrico: o reggae.
De quando em quando vi pessoas escorregando nas pedras lisas cobertas por lodos acumulados com o tempo, algumas davam com a bunda no chão enquanto outras ficavam sambando nas pedras escorregadias.
Dormimos um pouco nas pedras e logo depois observamos o sol despontar e sentindo a leve brisa fria a esfriar nossos corpos.
Logo em seguida percorremos uma curta trilha em direção as pequenas cachoeiras. Já acomodados nas rochas, unimos o som do violão, da percussão e dos sons vocais ao som da queda d’água e das folhas que balançavam no ritmo dos ventos.
Eu, como sempre não saia de dentro daquelas águas fria ao mesmo tempo em que ficava bestificada com aquele encanto ao meu redor.
O início do dia foi tão bom quanto à noite, mas, era hora de voltar pra realidade.
Almoçamos em Meruoca, depois pegamos outra vez um pau-de-arara e descemos a Serra lembrando-nos dos bons momentos inolvidáveis e das aventuras que vivemos naquele feriadão.