Foi olhando nos teus olhos que eu descobri o amor.
Foi te amando que descobri a essência da vida.
Foi nessa vida que te encontrei.
Foi te encontrando que me achei.
No meu pequeno mundo tinha cajueiros, goiabeiras, coqueiros e mangueiras. Tinha também uma casinha de madeira que saía do chão à goiabeira, tinha um balançador feito pelo papai que ficava nos galhos do cajueiro, era tudo que eu tinha para brincar, mas, a minha imaginação era grande e junto a pitadas de quimera, transformava esses poucos metros de terra com suas árvores frutíferas em um lugar mágico onde eu mesma escrevia minhas estórias.
Recordo-me das muitas brincadeiras como: amarelinha, pega-pega, esconde-esconde, pular elástico, pular corda... E até mesmo brincadeira de menino: bola de gude, bandeirinha, soltar pipa, rodar peão, futebol de areia, carimba e muitas outras que eu inventava juntos à criançada.
Lembro-me das vezes que minhas traquinagens deixavam meu pai zangado a ponto de eu ganhar umas boas palmadas. Nunca entendi quando ele dizia: “Você é muito grandinha pra estar fazendo isso.”, enquanto outra hora dizia: “Você é muito pequenininha e não pode fazer isso.” Afinal, eu era grande ou pequena? Trago na memória as muitas vezes que minha vovozinha me cobria de mimos, principalmente quando eu tinha ganhado umas boas palmatórias na mão.
Compramos uns bagulhos pra levar, mas, chegando a Meruoca a fome golpeou todos de uma só vez. Então, fomos à procura de um restaurante e tudo que encontramos foi um self-service. Parecíamos uns esfomeados... A quentinha era R$ 5,00 e você mesmo colocava sua comida, sendo assim, enchemos tanto que nem fechava.
A sexta-feira passou tranqüila, sem carros pau-de-arara, sem trilhas, sem escorregões, sem banhos de cachoeiras, mas, para compensar fomos almoçar no sítio do Chico que fica também em Meruoca em seguida fomos dar um curto passeio no Buraco da velha. O crepúsculo entrou junto a uma torrente chuvosa tornando a Serra mais gélida o que a tornava ainda mais bela.
A alta noite foi perfeita, deixamo-nos levar pelas batidas da música tecno e uma vez ou outra pela melodia da batida secundária forte e uso acentuado do contrabaixo elétrico: o reggae.
Os sistemas não oferecem segurança alguma...
...São amontoados de regras na qual eles, somente eles estão no controle.
As pessoas costumam
se encantar com
suntuosas circunflexas,
penugens esvoaçantes,
carcaças esculturais,
faces de boneca e
mão aquisitiva.
Mentes pequenas as
desses pobres de espírito...
Eles não conhecem a
beleza do âmago,
tampouco a simplicidade
da vida. Pobres almas
que desconhecem a
importância de um
conteúdo...
A casca não é eterna,
ela vai desgastando-se
com o tempo e
destituindo-se de sua
beleza, enquanto seu
cerne continua num
encanto sem igual e
resiste durante
vida após vida.
O amor é uma
ponte para o ódio...
...Assim como o ódio é uma ponte para o amor.






